Alopecia Androgenética ou, como estamos mais habituados, calvície, é mais comum nos homens, mas tem acometido cada vez mais mulheres.
A Alopecia Androgenética é multifatorial, destacam-se a genética e alterações hormonais como os principais fatores. Na Alopecia Androgenética observamos o afinamento progressivo dos fios num processo que chamamos de miniaturização. A cada novo ciclo do fio ele nasce mais fino. Se não iniciado o tratamento neste momento, o fio pode ser perdido de maneira definitiva.
A doença se apresenta em locais diferentes no couro cabeludo de homens e mulheres, entretanto trata-se da mesma doença com mecanismos muito semelhantes. Homens em geral iniciam o quadro com as famosas entradas e as mulheres apresentam apenas rarefação difusa, mais evidente na região fronto temporal, logo acima da testa.
O diagnóstico é feito através da anamnese, o exame clínico do couro cabeludo e a tricoscopia. Muito raramente uma biópsia pode ser necessária. Exames laboratoriais não costumam ser fundamentais para o diagnóstico da Alopecia Androgenética e em geral estão dentro da normalidade.
Como a alopecia androgenética (calvície) evolui na mulher?
Nas mulheres os fios de cabelo da linha frontal são mantidos, mas ficam mais finos e rarefeitos, a ponto de, nos casos mais avançados, deixar o couro cabeludo visível. É comum a paciente queixar-se que o cabelo está sumindo, que ela percebe a diminuição do volume, apesar de não observar queda importante. Na região da nuca os fios tendem a ser poupados e permanecer grossos.
Nos homens, os primeiros sinais da calvície podem aparecer entre 17 e 23 anos, mas podem demorar mais para aparecer, por volta dos 25 anos.
Após os 50 anos, é provável que todos os homens geneticamente predispostos apresentem, em grau menor ou maior, sinais da perda anormal de cabelos. Essa perda, apesar de não ocorrer de uma só vez, é contínua, persistente e, devido a essa herança genética, irreversível.
A principal característica da calvície masculina é a ausência de cabelos na parte superior e frontal da cabeça, poupando as áreas laterais e posterior. No início as falhas aparecem perto da testa, são as famosas entradas. Depois ocorre a evolução e acometimento da coroa ou vértice.
Tratamentos
Infelizmente, é o tipo de condição que não tem cura. Mas é possível, com muita dedicação, controlar e até mesmo reverter o quadro de alopecia instalada.
Os principais tratamentos visam o prolongamento da vida útil dos folículos pilosos retardando ou interrompendo o processo de miniaturização dos fios.
O tratamento pode ser por via oral, com medicamentos que bloqueiam a ação hormonal nos receptores do couro cabeludo, ou com medicamentos tópicos aplicados diretamente no couro cabeludo. Há também técnicas como a mesoterapia ou intradermoterapia, e a Microinfusão de Medicamentos na Pele, MMP®, que utiliza pequenas agulhas para injetar o medicamento diretamente no local, estimulando o crescimento e espessamento dos fios de cabelo.
O laser de baixa potência e o LED também podem ser usados.
Em casos mais avançados o transplante capilar pode ser uma alternativa. Os fios são retirados de uma área doadora do próprio paciente, e implantados, fio por fio, nas áreas afetadas.